A primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2023 ocorrerá até o dia 31 de maio, e é esperado que cerca de 73 milhões de bovinos e bubalinos sejam vacinados em 14 estados brasileiros. É importante que os produtores adquiram as vacinas em revendas autorizadas e as mantenham entre 2°C e 8°C até o momento da utilização, usando agulhas novas para aplicação da dose na tábua do pescoço de cada animal.
Além de vacinar o rebanho, é essencial que o produtor declare a vacinação ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado, dentro dos prazos estipulados pelo serviço veterinário estadual. É fundamental que os produtores sejam diligentes com a vacinação, pois isso afeta diretamente as exportações para os países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A vacinação contra a febre aftosa é uma medida crucial para manter o status sanitário do país e garantir a exportação de carne bovina e bubalina para outros países. Em 2020, as exportações de carne bovina brasileira para os países dos BRICS somaram mais de US$ 2,2 bilhões, o que representa cerca de 20% das exportações totais de carne bovina do Brasil.
A suspensão da vacinação em Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal é parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Embora a retirada da vacinação possa gerar benefícios imediatos aos produtores, é importante que as ações necessárias sejam executadas de forma adequada para garantir a manutenção do status sanitário do país e a continuidade das exportações.
O rebanho brasileiro é um dos maiores do mundo e sua importância é inegável para o mercado global de proteína animal. Por isso, é fundamental que o agronegócio esteja atento à manutenção da sanidade do rebanho, principalmente em relação à febre aftosa, que é uma doença que pode prejudicar as exportações de carne bovina.
A vacinação é uma das principais estratégias utilizadas pelo setor para garantir a sanidade do rebanho. Além disso, o agronegócio está constantemente investindo em tecnologias e técnicas que possam melhorar a qualidade da produção e aprimorar a gestão da saúde animal.
No que se refere à relação do agronegócio pecuário com os países do Mercosul, é importante destacar que a região é uma das principais produtoras de carne bovina do mundo. Por isso, há uma grande interação comercial entre os países membros do bloco, o que traz benefícios para toda a cadeia produtiva.
No entanto, é preciso que haja um alinhamento sanitário entre os países para evitar a disseminação de doenças, como a febre aftosa, que podem afetar a produção e a exportação de carne bovina. Por isso, o agronegócio está ativo em manter essa relação comercial saudável e trabalhando em conjunto com os países do Mercosul para garantir a sanidade do rebanho e a qualidade da produção.